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Soft Machine - Knox Om Pax (*) (2008-10-08)

Amyr Cantusio Jr


Apesar de sua profunda origem psicodélica no Wilde Flowers (1966),e muitos apontarem o apogeu da banda na sua primeira fase,com o visionário Daevid Allen, eu ainda creio que a banda realmente atingiu o topo na segunda fase,muito mais madura e consistente.

Na primeira fase passaram grandes músicos e os discos são altamente lisérgicos.Nem por isto deixam de ser técnicos, devido justamente ao alto nível de formação destes mesmos artistas.Soft machine Vol. I, II e III tem teclados que lembram muito alinha do The Nice, apesar da improvisação ser bem mais evidente.Os bateristas sempre foram um ponto alto deste grupo.

Mas o bicho vai pegar quente mesmo a partir de Soft Machine Vol. IV,

com a banda totalmente reformulada em nova versão, a saber com os monstros John Marshall (dr), Karl Jenkings(k), Roy Babbington (b) o qual tive a oportunidade de conhecer nos anos 80 rapidamente num show com Stan Tracy Quintet no Teatro Municipal C.C.C. de Campinas,

John Etheridge (g) e Alan Wakeman (sax) ,primo de Rick Wakeman.

Com esta formação gravariam (IV, V, VI, VII, Softs e Bundles)obras primas do jazz rock progressivo.

Allen, logo no inicio, por motivos políticos (o cara era revolucionário de carteirinha...)deixou o grupo para formar outra perola do jazz rock: o Gong.

Passaram pela banda grandiosos nomes, que cito abaixo:

Robert Wyatt(dr), Mike Ratledge(k) , Kevin Ayers (b, v).

Praticamente em tour, passou todo outro grupo famoso (Keith Tippett Group), assinando como Soft Machine.Estes eram os músicos:

Elton Dean (sax), Mark Charig(trumpete), Nick Evans( trompa), Hugh Hooper e Lyn Dobson ( percussão,sitar, flautas e sax).

Estes músicos seriam os candidatos para fazer o Soft Machine III, mas isto não ocorreu como o esperado.

Apesar da fama deste disco, o grupo acima , dotado de grande capacidade jazzística, não participou da gravação deste referido LP.

O Soft Machine faz um jazz rock com virtuosismo a partir do IV, com o baterista John Marshall influenciando muito o som, pela sua grande habilidade técnica.

Elementos virtuoses e progressivos nos teclados e solos de guitarras e moog são ouvidos mais amplamente nesta fase imperdível, para os que ainda não conhecem o trabalho fenomenal deste grupo inglês!

(*) Knox om Pax

( termo latim esotérico que significa: compreenda quem puder !)



Fonte :


Progbrasil