Artigos e Documentários

O experimentalismo e conceito por trás de "Bury My heart at Wounded Knee" do grupo alemão Gila. (2009-01-07)

Lucas Scarascia


A banda alemã de Rock Progressivo Espacial/Psicodélico Gila durou somente 4 anos, começando suas atividades no final de 1970 e encerrando-as em 1974. Neste tempo, lançou 2 discos de estúdio: "Free Electric Sound" e "Bury My Heart at Wounded Knee".Formada em Stutgart e comanda pelo excelente músico Conny Veit (que trabalhou também com Guru Guru e Popol Vuh) a banda vive até hoje no total underground do Krautorock, sendo conhecida somente por aqueles que se aventuram na caça de bandas que faziam parte do cenário setentista alemão.
Além de Veit, neste segundo disco, de 1973, a banda ainda tinha em sua formação Florian Fricke (do Popol Vuh) tocando Moog, Piano e Mellotron; Daniel Fichelscher na bateria percussão e baixo e Sabine Merbach nos vocais, criando uma atmosfera parecida com Jefferson Airplane.
Deve-se ressaltar que esta gravação é bem diferente da primeira, onde o psicodelismo e o rock espacial eram mais evidentes, com pitadas de experimentalismo e guitarras viajantes. Um pouco diferente, "Bury My heart at Wounded Knee" é um disco com flautas, violões e percussão bem características,além de harmonias nos vocais que lembram muito as bandas de Folk-Psicodélico do final dos anos sessenta e possui um conceito bem bacana.
O disco trata do último e pior massacre dos índios americanos, que exterminou várias aldeias e a população indígena de uma tribo que habitava próximo de um rio que fazia uma curva lembrando um joelho ("Wounded Knee"). Muito interessante e peça fundamental para quem curte o genuíno Folk Psicodélico alemão.


Fonte :


Progbrasil