Tésis Ársis - Estado de Alerta Máximo - Progbrasil

Tésis Ársis

Brasil




Titulo: Estado de Alerta Máximo
Ano de Lançamento: 2004
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Marcello Rothery em 07/05/10 Nota: 8.5

 

Fantástico, vai rolar direto no meu som

Segundo (e difícil de achar) álbum do projeto instrumental de Anderson Rodrigues, Estado de Alerta Máximo segue a mesma linha do seu antecessor. Uma poderosa guitarra tipicamente sinfônica à frente, criando inúmeros solos belíssimos e "chorados". E junto a ela, teclados numa linha entre o sinfônico e o eletrônico, que fazem principalmente bases sólidas, mas também aparecem com solos muito competentes. Completando o pacote, as levadas de bateria, programadas com rara eficiência, que passam a impressão de uma bateria real. Tudo a cargo de Anderson Rodrigues, que também assina todas as composições. Que são, assim como no primeiro disco, bastante longas, todas acima dos 10 minutos de duração. Ou seja, é rigorosamente a mesma receita que encantou muita gente em Ilusões, primeiro cd do Tésis Ársis.

Anderson Rodrigues informa no encarte : "Trabalho realizado em solidariedade aos animais mortos, indiscriminadamente, no nosso planeta." E é possível perceber uma atmosfera tensa que o álbum carrega. As faixas de abertura, Hiroshima 45 e Ecos Vibrantes (juntas, beiram os 23 min. de duração), são praticamente interligadas, e com estrutura semelhante, de temas tensos nos teclados acompanhados de guitarra forte e um pouco sombria.

Destaco em especial a quarta faixa, Um Azul Celeste, a minha preferida do trabalho. Um pouco menos tensa, e talvez a mais bem desenvolvida de todas; os solos de guitarra se sucedem e intercalam com duas passagens bem calmas de teclados (excelente contraponto), de uma forma que, a cada passagem, torna mais grandioso o todo. Muito homogênea e bem construída, realmente.

Na verdade, é difícil destacar uma faixa só. O álbum inteiro é mais uma brilhante obra de progressivo sinfônico instrumental, com pitadas de eletrônico, que Rodrigues nos apresenta. Todas as faixas, sem exceção, são música, arranjo e instrumentação de alto nível. Os temidos "fillers" não têm vez aqui. Tudo foi muito bem construído e desenvolvido ao longo de cada música. A faixa título, que encerra o cd e tem mais de 20 minutos de duração, chega a passar a sensação de que poderia ser ainda maior. Ainda havia o que desenvolver lá.
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