Deep Purple - Inglewood - Live at the Forum 1968 - Progbrasil

Deep Purple

Inglaterra
http://www.deep-purple.com/




Titulo: Inglewood - Live at the Forum 1968
Ano de Lançamento: 2009
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Marcello Rothery em 04/11/10 Nota: 7.0

 

Bom, mas apenas para fãs ou admiradores do gênero

Foram necessários mais de 40 anos para que os fãs da formação original do Deep Purple tivessem a chance de adquirir um lançamento oficial com registros ao vivo desta fase.

Este álbum retrata uma apresentação do grupo em Los Angeles, em outubro de 1968, na sua primeira turnê norte-americana, às vésperas do lançamento do seu segundo disco (The Book of Taliesyn). Numa trajetória assustadoramente rápida, a banda se formou em abril, lançou o primeiro disco (Shades of Deep Purple) em junho, e o grande sucesso da faixa Hush os impulsionou à esta turnê e à prematura produção do segundo disco, praticamente ditada pela gravadora.

A banda ainda iniciante mostra, ao vivo, uma aparente segurança que surpreende. Rod Evans demonstra uma força e uma pegada roqueira no show que, de certa forma, supera seu desempenho nos dois álbuns de estúdio. Jon Lord comanda o som do grupo nesta época, com toda a competência que sempre teve, e com uma segurança que, por incrível que pareça, não vemos em Ritchie Blackmore, que tem uma performance um pouco aqüém do grande guitarrista que o mundo iria conhecer a partir de 1970; aqui ele parece ainda procurando o seu próprio estilo, além de errar algumas passagens, como a introdução de Mandrake Root. Nada, porém, que caracterize uma decepção; é apenas uma performance tímida se considerarmos de quem parte, o grande Ritchie.

Ian Paice, por sua vez, já arrasa na bateria desde esta época, e ao vivo se mostra mais selvagem ainda. Nick Simper, por fim, cumpre democraticamente seu papel, sem chegar a se destacar.

O que deixa a desejar, porém, é a qualidade do áudio da gravação, principalmente nas duas músicas iniciais, Hush e Kentucky Woman. Depois, a coisa melhora um pouco, e o ouvinte também acaba de acostumando. A banda, como um todo, mostra muita competência e segurança, além de experimentar um pouco nas passagens instrumentais mais longas como Mandrake Root e River Deep Mountain High.

O repertório, por sinal, é razoavelmente bem escolhido, só pecando por ser curto. Em pouco mais de uma hora de show, eles executam Hush, Kentucky Woman, Mandrake Root, Help (o único momento lento do show, e um dos destaques, ficou muito boa), Wring That Neck, River Deep ... Mountain High, e Hey Joe, que fecha o álbum debaixo dos aplausos do público, que gosta da diferente versão da canção que, na época, dominava as rádios na voz de Jimi Hendrix.

Senti falta de And the Address, Shield e Anthem, por exemplo. Mas no geral, um belo registro desta fase da banda.
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