Yang - A Complex Nature - Progbrasil

Yang

França
www.yanggroup.fr




Titulo: A Complex Nature
Ano de Lançamento: 2004
Genero:
Label:
Numero de catalogo: Rune 197

Revisto por Renato Moraes em 02/05/10 Nota: 9.0

 

Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo

Yang é o novo quarteto liderado pelo guitarrista Frederic L’Epee (Shylock, Philharmonie) e A Complex Nature seu trabalho de estréia. Após o fim da banda Philharmonie em 1998, L’Epee dedicou-se à carreira solo, com trabalhos baseados em composição e improviso, com diversas apresentações, lançamento de seis CDs solos e a participação no GLI (Groupement de Libres Improvisateurs). Em setembro de 2002, L’Epee formou o quarteto Yang que conta com o próprio L’Epee, na guitarra, seu aluno Julien Vecchio, na segunda guitarra, Volodia Brice, na bateria, que participou da última formacão do Philharmonie, e Stephane Bertrand, no baixo. Embora L’Epee não encare Yang como a continuação do Philharmonie, é difícil não notar as similaridades entre a música do Yang e a última fase do Philharmonie (Rage e The Last Word). As composições são energéticas, com estrutura compacta e dominadas pelas guitarras com distorção. As sequências com contrapontos entre as duas guitarras ainda estão presentes, mas agora com mais energia. O CD trás oito faixas, todas compostas por L’Epee, sendo três “baladas” (Compassion, Manchild e Impatience) e cinco faixas mais pesadas. Em Compassion a música começa calma, com apenas uma guitarra que é seguida pelos outros intrumentos, culminando com solo torturante que lembra Fripp na era Red. Manchild começa com tema simpático, com passagens onde as duas guitarras fazem belo contraponto para o desenvolvimento do contrabaixo, até evoluir para uma série de contrapontos rápidos e com muita energia para o grande finale. O ponto alto do CD são as composições mais pesadas, como Les Deux Mondes, Le Masque Rouge e Orgueil, todas apresentando forte influência crimsoniana, onde o contraponto das duas guitarras que marcou o KC dos anos 80 é aqui aproveitado de modo muito energético e vibrante, com o espírito dos anos 70. O destaque do CD fica para a faixa Souterrain, a mais criativa e cheia de energia. Recomendado para quem gosta de King Crimson, de música instrumental inteligente e elaborada para um par de guitarras tocadas por dois guitarristas exímios.
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