Björkenheim / Laswell / Ågren - Blixt - Progbrasil

Björkenheim / Laswell / Ågren





Titulo: Blixt
Ano de Lançamento: 2011
Genero:
Label:
Numero de catalogo: Rune 335

Revisto por Renato Moraes em 26/12/11 Nota: 8.5

 

Fantástico, vai rolar direto no meu som

Super power trio internacional, juntando Finlândia, Estados Unidos e Suécia. O guitarrista Raoul Björkenheim apareceu na década de 1980 com a banda do baterista Edward Vesala, depois montou sua própria banda Krakatau, que gravou 4 discos, 2 pela ECM, e hoje participa da cena de free-jazz, free-rock e vanguarda mundial em bandas como Scorch Trio, Box, em vários contextos de improvisação e agora com Blitx. O baixista Bill Laswell é famoso pela participação em milhares projetos dub, trance, free-jazz, trash e vanguarda, além de ter sido pioneiro na chamada no-wave, começando com Material, Massacre, Golden Palominos. O baterista suéco Morgan Ågren toca em sua banda Mats-Morgan no Zappa Universe dentre outros tantos projetos, e é conhecido por ter se apresentado com a banda de Zappa ao vivo e sem ensaio nos anos 80, além de ter sido nomeado pela Modern Drummer o melhor baterista fusion de 2010. Difícil não comparar Blixt com o Massacre, que tinha em sua formação original Bill Laswell ao lado dos “Freds”, Frith e Maher. Acho que Blixt é a versão moderna do Massacre, mas com dois músicos tecnicamente superiores aos “Freds” da banda original, mas não pretende ser uma banda substituta do Massacre, que de tempos em tempos volta a baila. O CD abre com Black Whole que começa com ataque de guitarra a la Hendrix e a banda se junta como bloco sonoro maciço, até em parte com ritmo mais constante para solo de guitarra. Moon Tune nos remete ao estilo dissonante, com batida mais quadrada, e o baixo com o som subliminar de Laswell, como no Massacre. Tools começa com solo destruir de bateria, seguido por um dissonante e dominante da guitarra. Cinque Roulettes é quase metal de vanguarda, minha faixa preferida, pesada, negra e intensa. Para ouvir alto e com muito grave! Shifting Sands Closing Hour é o momento mais calmo do disco inteiro, quase 3 min de improviso calmo e muito criativo, baseado em chocalhos e percussão nas cordas da guitarra e do baixo. Ghost Strokes e Insible One são dois longos improvisos, nos quais os músicos exploram suas habilidades ao máximo, como músicos e improvisadores. Apesar de serem improvisos, os três têm grande interação e muitas partes realmente parecem composições, sendo que Ghost Strokes é mais lenta e baseada em solo de guitarra que vai crescendo com a música de porções lentas até algo mais ritmado e rock n´roll. Sublime. Em Insisible One o desenvolvimento é sobre o baixo, com mais groove, e a guitarra se impondo e crescendo. Drill Beats peso total novamente, trash-jazz, com ritmos complexos. Em Storm o nome já diz tudo e 4-4-4-4-2-2-2-5-2 fecha o CD com chave de ouro, com mudanças de tempo, muita energia, solo explosivo da guitarra, o baixo de Laswell com efeitos estrondosos e Morgan detonando a bateria. Altamente recomendado para os destemidos!

1. Black Whole
2. Moon Tune
3. Tools
4. Cinque Roulettes
5. Shifting Sands Closing Hour
6. Ghost Strokes
7. Invisible One
8. Drill Beats
9. Storm
10. 4-4-4-4-2-2-2-5-2
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