Slivovitz - All You Can Eat - Progbrasil

Slivovitz

Italia
http://www.myspace.com/slivovitz




Titulo: All You Can Eat
Ano de Lançamento: 2015
Genero:
Label:
Numero de catalogo: MJR074

Revisto por Renato Moraes em 05/02/16 Nota: 9.5

 

Obra-prima, irretocável

Slivovitz é um septeto de Nápoles e All You Can Eat é o terceiro CD da banda lançado pelo selo Moonjune. A formação da banda é inusitada, pois combina, além de guitarra, baixo e baterial, trompete, saxofones com violino e gaita! A interação entre violino, guitarra e harmônica é de surpreender! A banda explora elementos do jazz, do rock progressivo e da música folk mediterrânea, sem que haja maior destaque para um ou para outro. A influência de Frank Zappa, das bandas Canterbury, do jazz-rock, americano ou italiano, e funk dos anos 1970 existe, mas os músicos brilham em todas as faixas, com muito swing e boas ideias. Persian Night inicia o CD e o baixo pesado, quase Zeuhl-ish, imprime andamento fantástico enquanto violino e gaita interagem de forma surpreendente. Mani In Faccia a segunda faixa explora passagens intrincadas, algo na levada do funk americano dos anos 70, como explorado por bandas com Tribal Tech e Lost Tribe, mas tem um lado melódico que pode ser comparado com Arti & Mestieri. Yahtzee é uma balada oriental com belas passagens e solos de saxofone muito bonitos. Passannante começa com contrapontos complexos, mas delicados, dos sopros, guitarra e gaita, dando lugar a desenvolvimento mais pesado e intrincado, como é explorado pelas bandas belgas The Wrong Object ou X-Legged Sally, mas o solo de gaita trás um grande diferencial. Barotrauma é mais zappesca, sendo que faço essa conexão pelo belo desenvolvimento dos metais e pela variação de temas ao longo da faixa. Sublime. Hangover tinha que ser calminha, tem um dos temas mais bonitos de todo o CD e vai agradar aos amigos do Canterbury, principalmente para quem gosta das passagens mais melódicas e das belas harmonias da fase Softs do Soft Machine. Currywuster é funkeada, pesada, com sopros intrincados e em que a guitarra, consegue mostrar todo o seu jingado! Oblio fecha o CD, composição de início calmo, em que novamente a gaita tem belo destaque e se sobressai entre os outros instrumentos, mas com o solo de saxofone, a faixa ganha bastante energia até o final energético em crescendo fantástico, que se alterna com passagens mais melódicas. É de arrepiar. A presença da gaita não só como um instrumento solista, mas usado nos ritmos, dá algo diferente e novo para este CD. O melhor trabalho da banda. Eu gostei muito dos dois CDs anteriores, mas esse CD está espetacular! Não percam.

1. Persian Night (7:25)
2. Mani In Faccia (5:14)
3. Yahtzee (7:05)
4. Passannante (4:16)
5. Barotrauma (5:41)
6. Hangover (5:28)
7. Currywuster (5:12)
8. Oblio (7:08)

Pietro Santangelo: saxofones tenor & alto
Marcello Giannini: guitarras
Riccardo Villari: violinos
Ciro Riccardi: trompete
Derek Di Perri: gaita
Vincenzo Lamagna: baixo
Salvatore Rainone: bateria
Progbrasil