Mike Oldfield - Ommadawn - Progbrasil

Mike Oldfield

Inglaterra
http://www.mikeoldfield.com/




Titulo: Ommadawn
Ano de Lançamento: 1975
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Claudio Fonzi em 21/02/07 Nota: 10.0

 

Discoteca básica, fundamental

Terceiro disco solo deste grande compositor e multi-instrumentista inglês, "Ommadawn" pode ser considerado como sua definitiva obra-prima, devido às belíssimas melodias aliadas a uma grande complexidade de arranjos.

Dividido em 2 longas partes de pouco menos de 20 minutos cada, é uma obra que segue um padrão minimalista, mas, apesar disso, repleta de variações rítimicas e melódicas, executadas através de cerca de 25 instrumentos diferentes, às vezesinacreditavelmente multiplicados (62 guitarras superpostas - todas por ele - em pequeno trecho da parte 2, por exemplo).
Além disso, a variedade tímbrica e rítmica presente ao longo da obra proporciona uma verdadeira "viagem" pelo nosso planeta, pois, em uma ousadia e pioneirismo inéditos, nela encontramos elementos de Música Tradicional Celta, Grega, Turca e Africana, todos em perfeita interação com a linguagem Rock e da Música Eletrônica.

Acostumado em seus trabalhos anteriores a executar praticamente todos os instrumentos, Mike mudou um pouco sua postura e convidou diversos músicos e cantores que absorveram plenamente suas idéias e deram um colorido todo especial às suas composições.
Como destaques podemos citar:

- o irlandês Paddy Moloney (líder dos CHIEFTAINS), responsável pelo belíssimo solo de "Uilleann Pipes" (espécia de gaita de foles) na parte 2.
- os ingleses Clodagh Simmonds (voz - criadora do termo "Ommadawn") e Willian Murray (voz e percussão), ambos membros do MELLOW CANDLE - os músicos africanos do grupo JABULA

OMMADAWN é o trabalho ideal para quem deseja se familiarizar com a obra deste músico. É um trabalho que deve ser ouvido e analisado com a máxima concentração possível, se possível sem qualquer interferência externa.
É uma prova cristalina de que complexidade e simplicidade podem caminhar juntas, sem qualquer prejuizo a qualidade e alimenta a esperança de que, em um futuro não muito distante, as grande obras da Música progressiva serão tão qualificadas e respeitadas quanto as grandes obras da Música Erudita.
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