Discoteca básica, fundamental
  Com justiça dou esta nota para um dos mais belos e consagrados trabalhos já produzidos não só na Argentina, mas em toda América do Sul !
 
 A começar pela capa, uma obra de arte maravilhosa bem ao estilo dos grandes discos setentistas de rock progressivo, onde a "art cover" era o rótulo essencial para o recheio que vinha dentro.
 
 A capa segue aquelas belezas típicas de um Eloy, Yes ou Greenslade.
 
 O som, nem se fale. A começar por Pino Marrone, um cara que faz a guitarra chorar neste disco.
 
 Solos na linha Camel ou Santana explodem ao todo do trabalho, com um insuperável bom gosto.E que timbres!
 
 A batera então...uma overdose técnica extremamente dosada e disciplinada como Neil Peart no Rush.Fica ao encargo do virtuose Gonzalo Farrugia.
 
 Aníbal Kerpel é o homem dos teclados, seguindo a sombra do não menos famoso Kerry Minnear (Gentle Giant) que arregaça nos contrapontos e atmosferas.
 
 E pra finalizar, o líder baixista e vocalista Gustavo Montesano, uma lenda do progressivo , dá a cobertura de chantily final à este bolo maravilhoso.
 
 Se fôsse colocar em votação os melhores discos da Argentina, este estaria em primeiro lugar.
 
 O clima de Buenos Aires era muito disposto a criação destes discos na época.
 
 Já, quando estive lá por duas vezes por volta de 1986, divulgando e negociando meu LP Ruínas Circulares, ainda permanecia aquela atmosfera fria, nebulosa e muito cordial, ao menos pra mim!
 
 Por isto creio que o rock progressivo argentino tem um sabor e toque especial mesmo.
 
 Eu sempre coloco a minha opinião pessoal de apreciador e músico, ao mesmo tempo em que vivi e saboreei estes já distantes anos com muita intensidade. É o que tento, precariamente, passar através de minhas resenhas à vocês.
 
 Confira esta obra prima.Sem medo de ser feliz!
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