Rush - Hemispheres - Progbrasil

Rush

Canada
http://www.rush.com/




Titulo: Hemispheres
Ano de Lançamento: 1978
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Renato Glaessel em 17/03/10 Nota: 8.0

 

Ótimo trabalho, disco de cabeceira

Da mesma forma que o álbum predecessor, Hemispheres foi gravado no Rockfield Studio na Grã Bretanha pelo engenheiro Pat Moran, dessa vez sozinho, sem a participação de Terry Brown que assume de vez a co-produção e também a participa dos arranjos, conforme informa a ficha técnica do trabalho.
Coincidência ou não, é justamente na questão dos arranjos que a banda mais evolui em relação a A Farewell To Kings, parece que o grupo carecia de uma segunda opinião, apesar de na forma e estilo, seguirem exatamente os passos do trabalho anterior.
O álbum começa com a segunda parte de Cygnus X-1 (book II), suíte em seis partes e que pela primeira vez na carreira da banda apresenta uma longa faixa com alguma coesão, se não são perfeitamente ligadas ao menos apresentam idéias musicais que se sucedem, muitíssimo superior à primeira parte, apenas Geddy Lee novamente compromete, seu vocal é demasiado emotivo e exagerado, destoando daquilo que a composição pedia. As duas faixas seguintes, Circunstances e The Trees, funcionam bem, com interessante uso dos pedais de baixo(Taurus) e solos de guitarra mas na verdade são apenas o prelúdio para o que viria a seguir: A instrumental La Villa Strangiato com seus sinos, violões flamencos e acordes de moog que preparam a evolução para o melhor momento guitarrístico da carreira de Alex Lifeson, o riff é pegajoso, envolvente e empolgante, o solo é esticado, bluesado e inspirado, como desde o primeiro álbum não ouvíamos, chama a atenção de qualquer um, até o menos atento, não há como descrever, só ouvindo mesmo, e muitas e muitas vezes !
Revisto por Amyr Cantusio Jr em 24/03/07 Nota: 9.0

 

Extremamente bom, um clássico ro rock progressivo

Com certeza o trabalho mais conceitual e progressivo do grupo, já começando pela belíssima e sugestiva capa (um bailarino dançando sobre um cérebro exposto!!)ou seja, os dois hemisférios cerebrais!

Geddy Lee (baixo, vocais e synths), Alex Lifeson (guitarras e synths) e o virtuosíssimo Neil Peart (batera e letras) destroem de cabo a rabo neste disco.

Aliás uma coisa que esta banda usa muito em comum com o Gênesis , são as pedaleiras Taurus Bass Moog, que seguram os baixos , para que os músicos tenham maior performance e desenvoltura ao vivo, criando mais estrutura e densidade nos arranjos. Lee e Lifeson usam o tempo todo este instrumento alternando climas que podem ser utilizados como sintetizadores nos pés, pois elas são sofisticadas e tem timbres variados nos seus programas.E sua sonoridade é única como a do
Mellotron.São parecidas e inspiradas nas pedaleiras dos órgãos de tubo (Catedrais).

Uma apoteose sonora,complexa, intrincada, com contra-tempos e divisões rítmicas (convenções)característicos da banda, e atmosferas criadas com os teclados de altíssimo nível, fazem deste CD um dos mais belos trabalhos do grupo.

Não há o que se destacar aqui, mas pro meu gosto, o ponto alto fica na última faixa, que é quase um hino do grupo, La Villa Strangiato.

Aqui o trampo de batera e baixo na cozinha merece louvores.E no mais, a dinâmica progressiva desta faixa é altamente inspiradora, e com muito bom gosto.

As colocações dos "little bells" por Peart marcando o tempo para Lifeson e Lee desfiarem o tema são muito características do trio, que faz o mesmo na famosa YYZ (CD Moving Pictures).

A faixa tem quase 10 minutos de pauleira ,solos belíssimos de guitarra e ficou martelando muito tempo na minha cabeça nos anos 70.

No disco há desfechos sonoros climáticos como bombas, vozes eletrônicas, camas de teclados ,enfim, muito bem dirigido e colocado dentro dos parâmetros progressivos.

Obra que deveras inspirou uma pá de músicos.Pode conferir.
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