Artigos e Documentários

O Movimento Progressivo Alemão - Parte 3 (2009-12-10)

Claudio Fonzi


Relação Indireta Entre Bandas Estrangeiras e a Alemanha

YES
No disco "The Yes Album" (1971) do inglês YES, a 3ª faixa é a suíte "Starship Trooper", que possui 3 movimentos. O último movimento, de autoria do guitarrista Steve Howe, tem um nome alemão: "Würm".

RUSH
No disco "Hemispheres" (1978) do canadense RUSH, a última faixa é a instrumental "La Villa Strangiato", a qual foi inspirada em desenhos animados, embora de forma inconsciente. Estruturada sobre pesadelos - ou sonhos - do guitarrista Alex Lifeson, toda a música citava, sem querer, "trechos de canções populares do folclore alemão" e citações das trilhas sonoras da turma do Pernalonga. Isso é muito curioso, uma vez que Alex Lifeson possui descendência iugoslava - é filho de sérvios (os sérvios e/ou iugoslavos são um povo eslavo, nada tendo a ver, absolutamente, com a cultura germânica).
Eis os nomes dos movimentos de "La Villa Strangiato":
I-Buenos Nochas, Mein Froinds!
II-To sleep, perchance to dream...
III-Strangiato theme
IV-A Lerxst in Wonderland
V-Monsters!
VI-The Ghost of the Aragon
VII-Danforth and Pape
VIII-The Waltz of the Shreves
IX-Never turn your back on a Monster!
X-Monsters! (Reprise)
XI-Strangiato theme (Reprise)
XII-A Farewell to Things

Vamos citar os dois mais célebres produtores/engenheiros de som alemães que trabalharam com as bandas progressivas de seu país:
- Conny Plank: trabalhou com grupos das mais variadas tendências, entre eles GROBSCHNITT, KRAFTWERK, KRAAN, ARKTIS, McCHURCH SOUNDROOM e JANE. Chegou a possuir um estúdio próprio. Também trabalhou com bandas inglesas do cenário technopop: produziu o álbum "Vienna" (1980) do ULTRAVOX e "In The Garden" (1981), primeiro título do EURYTHMICS, duo formado por Annie Lennox (vocal/teclados) e David Stewart (guitarra/baixo/teclados). Este disco de estréia da dupla, aliás, foi registrado junto a ex-integrantes do conjunto alemão CAN.
- Dieter Dierks: também trabalhou com bandas das mais variadas tendências, como o EMTIDI e o NEKTAR, além da banda húngara OMEGA.

Podemos citar ainda o trabalho de um estrangeiro, o inglês David Hitchcock, junto ao grupo BIRTH CONTROL na produção de seu álbum "Backdoor Possibilities", de 1976. Na Inglaterra, David produziu GENESIS, VAN DER GRAAF, CARAVAN e outros.

Apesar de sua grande complexidade, podemos dividir o estilo Música Progressiva em diversos sub-títulos, e a Alemanha é o único país a possuir uma expressiva quantidade (e qualidade) de compositores e intérpretes em cada um deles, sendo que as particularidades são tantas que até foi criado o termo "Krautrock" para identificá-los. Evidentemente, essa classificação não tem nenhuma intenção de se dizer definitiva, e os limites entre as classes são de tal forma tênues que, muitas vezes, ocorrem correlações entre elas. Em todo caso, vamos a ela e seus principais representantes germânicos:
Rock Progressivo Tradicional
Progressivo Sinfônico
Folk Progressivo
Hard Progressivo
Progressivo Eletrônico
New Age
Progressivo Experimental
Jazz Progressivo
Neo-Progressivo
Metal Progressivo
Outras Correntes
Rock Progressivo Tradicional (RPT) - Definição / Características
Aquele que alia a energia rítmica do rock (através da sua instrumentação básica de guitarra, baixo e bateria) com uma grande beleza melódica e complexidade de arranjos (proporcionada pelos "tapetes mágicos" sonoros dos teclados e, em muitos casos, por instrumentos atípicos ao rock, como flauta, violino e violoncelo).

Rock Progressivo Tradicional (RPT) - Bandas
Eloy
Jane
Grobschnitt
Nektar
Triumvirat
Anyonet"s Daughter
Eden
Iskander
Madison Dyke
Ramses
Wallenstein
Aenophis
Thirsty Moon
Hoelderlin
Andromeda
Abacus
Electric Sandwich


Fonte :Jornal Metamúsica


Progbrasil