Finch - Glory of the Inner Force - Progbrasil

Finch

Holanda




Titulo: Glory of the Inner Force
Ano de Lançamento: 1975
Genero:
Label:
Numero de catalogo:

Revisto por Demetrio em 15/10/06 Nota: 10.0

 

Discoteca básica, fundamental

Grupo holandês dos anos 70, o Finch gravou três álbuns que eu particularmente considero autênticas pérolas do rock progressivo dos anos 70: Glory of the Inner Force (1975), Beyond Expression (1976) e Galleons of Passion (1977). Além disso, também foi lançado mais recentemente um CD duplo com o título The Making of...Galleons of Passion / Stage 76, contendo versões alternativas de músicas do último disco, algumas faixas inéditas e ainda algumas ao vivo, sendo esta edição também de ótimo nível e portanto igualmente recomendada.

O som do Finch é um progressivo totalmente instrumental comandado por guitarras e teclado, caracterizado por uma sonoridade bastante enérgica, algumas levadas meio jazz-rock, arranjos complexos e inesperadas mudanças de ritmo, texturas e melodia, inclusive ótimas alternâncias entre passagens mais enérgicas e outras mais tranqüilas. Eventuais reminiscências a Focus, Camel e Happy the Man em certas passagens, muito embora o contexto geral em si não lembre nenhuma dessas bandas.

Glory of the Inner Force é composto de quatro longas faixas, sendo que a edição em CD contém duas faixas extras, Colossus Parts I & II. A faixa de abertura, "Register Magister", começa com um bom petardo sonoro onde a guitarra do Joop Van Nimwegen dita o andamento. "Paradoxical Moods", a minha predileta de todas (faixa 2), também começa bastante bombástica, com excelentes intervenções de órgão e sintetizadores e, logo em seguida, é a vez da guitarra brilhar novamente, depois prosseguindo com diversas variações de andamento, dentro das característica das banda. "Pisces" (faixa 3) é bem jazz-rock, começando com riffs de guitarra com efeito wah-wah, seguidos de piano elétrico e uma ótima intervenção de bateria também, depois diminuindo um pouco o ritmo para alguns solos excelentes de guitarra e assim prosseguindo até o final, sempre com algumas variações. "A Bridge to Alice", a mais longa do álbum (faixa 4), começa estabelecendo um clima meio soturno, evoluindo pouco a pouco para uma sonoridade mais alegre e enérgica, depois retornando, lá pela segunda metade da música, com algumas atmosferas misteriosas pontuadas por alguns bonitos solos de guitarra acústica. As duas faixas bônus (Colossus Parts I & II) são bastante enérgicas e excelentes também, sendo a primeira dominada por riffs de guitarra e a segunda com predominância de teclados.

As músicas do Finch seguem mais um menos um padrão bem definido, normalmente com uma introdução bem sinfônica e bombástica, depois evoluindo para velozes passagens instrumentais comandadas por guitarra e teclados, em seguida uma passagem mais tranqüila e atmosférica pontuada por inspirados solos de guitarra, longas jams de teclados e sintetizadores, outra parte mais veloz e depois um final geralmente em forma de crescendo, em estilo bem sinfônico também. Apesar desse parâmetro relativamente bem definido, no entanto, cada música nos parece algo novo, já que os músicos são mestres realmente em compor e executar essas autênticas sinfonias progressivas. Outro ponto forte é a incrível habilidade da banda em executar suas inesperadas mudanças de ritmo e melodia, de alternâncias entre passagens agressivas e tranqüilas, fazendo-o tão bem que a música flui realmente com uma naturalidade incrível, nada soando forçado ou fora de contexto.
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