Finnegans Wake |
Belgica |
http://www.henrykrutzen.com/ |
![]() | |||||||||||
|
Clique aqui para Ficha Tecnica |
Revisto por: Renato Moraes | Nota:9.5 |
Descobri Henry Krutzen e o Finnegans Wake pela conexão com músicos do Univers Zéro e pouco depois descobri que ele estava morando no Brasil! Henry é compositor de mão cheia e consegue com grande facilidade misturar rock, jazz, música erudita contemporânea, R.I.O. e música brasileira do agreste nordestino. Muitos podem achar essa combinação estranha, mas com a criatividade de Henry.... tudo se resolve! Blue é o quinto CD da banda internacional Finnegans Wake, bom tem o Henry que mora em Natal, um monte de brasileiros e outro belga no baixo. As composições e arranjos são divididos entre Henry e Marcílio Onofre. Com certeza o CD mais diversificado da banda e o que mais me agradou. Vou comentar algumas faixas só para dar uma idéia do que o CD tem de bom e diversidade. Honfleur La Jolie começa com piano e guitarra limpa, em contraponto que lembra Gentle Giant, a bateria entra devagar e logo é seguida por baixo e teclados, com andamento mais rápido e com baixo e bateria bem encorpados; o violino é muito lírico de começo até entrar guitarra totalmente metal, quando o violino ataca com sequências bem dodecafônicas, culminando com os rifes pesadíssimos da guitarra e violino animalesco! Geste Von Kreuzlingen é música contemporânea, com vocais operáticos, com abuso das dissonâncias no piano. Blue, a faixa título, começa com bela interação entre teclados, flauta, violino e oboé; os teclados de Henry lembram o sinclavier dos discos eletrônicos do Zappa e as passagens complexas e rápidas estão presentes, mas passam para solos de oboé e violino quase angelicais. The Battle of Novgorod tem começo bombástico e me lembra Present, pelas alternâncias de temas de tempos rápidos e contrapontos ágeis, entre vários pares de instrumentos. A faixa que fecha o CD é um bônus e tem a formação toda especial, com Henry nos teclados, Reginald Trigaux na guitarra, Guy “meu herói” Segers no baixo, Morgan Ågren na bateria, Alexandre Johnson na flauta e João Johnson no oboé. Não dá para falar muito disso aqui, é o R.I.O. com gosto de sertão, infernal, angelical, forte, pesado e inteligente. Fantástico.
1. Honfleur la Jolie 2. Die Geste von Kreuzlingen 3. Mida 4. Luftspiel 5. Blue 6. Ents and Things 7. Magical Cave 8. The Battle of Novgorod 9. Vulnavia 10. Agakuk (*) Finnegans Wake: Alexandre Johnson – flutas Henry Krutzen – sax tenor, piano, teclados, percussão Alain Lemaître – baixo Marcílio Onofre - piano, teclados Xóchil Schütz - letras convidados Morgan Ågren - bateria* Alexandre Casado – violino Jubileu Filho guitarra Faisal Hussein – violonello João Johnson – oboé John Krutzen – assovio Antônio de Pádua – trompete e trompete com slide Eduardo Pinheiro – guitarra Rogério Pitomba – bateria Guy Segers – baixo* Reginald Trigaux - guitarra* Judith Vindevogel - vocais |