Accordo dei Contrari |
Italia |
http://production.altrock.it/home.asp?lang=eng_&id=17&id2=27 |
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Revisto por: Renato Moraes | Nota:9.0 |
Terceiro CD da banda italiana Accordo dei Contrari, segundo lançado pelo selo ALTRock, conta com a mesma formação e músicos dos CDs anteriores, com guitarra, baixo, bateria e teclados, mas com a participação de convidados tocando cordas (cello, viola e violino) em duas faixas. O uso com maestria de sequências tortuosas, com adição de contrapontos complexos e progressivos, com uso de Fender Rhodes, Hammond, solos eletrizantes de guitarra e cozinha afiadíssima nos remete ao jazz-rock progressivo, com influência das bandas de rock progressivo dos anos 1970, notadamente Gentle Giant e Deep Purple, com toques de vanguarda e rock de câmara, como Univers Zéro e Aranis. Embora curto, com menos de 40 minutos, esse é o melhor CD da banda, com composições e execuções intensas. Nadir abre o CD com muita energia, solos de teclados e guitarra, com grande variação, passagens rápidas e complexas, algo como mistura entre Arti & Mestieri, Gentle Giant e Jeff Beck, na fase Wired. Dandelion não deixa a influência do Gentle Giant de lado, principalmente no uso de muitos teclados, que se interpolam às frases de guitarra, enquanto baixo e bateria detonam nos ritmos pesados. O piano elétrico duela com a guitarra, e o som do Fender Rhodes, com assinatura típica dos anos 1970’s, junto com o belo Hammond lembram as evoluções complexas do Deep Purple ou Deus Ex Macchina. Seth Zeugma tem dois convidados nas cordas, cello e violino, o que dá um toque especial ao som da banda. A composição é basicamente um tango, em que a complexidade e o uso de piano nos remete à influência R.I.O., principalmente das bandas de rock de câmara, como Univers Zéro ou Aranis, usando sequências acústicas alternadas, na continuidade da faixa, com passagens totalmente elétricas, com hammond/rhodes e guitarra pesada e distorcida, enquanto os solos de sintetizador com sons típicos do progressivo clássico dos anos 1970’s. ELP misturado com UZ? Dua é uma tarantela com guitarra pesada, e novamente abusando, com muito bom gosto dos contrapontos crescentes e aditivos, em estilo giantiniano, em um dos grandes momentos do CD. Tiglath começa calma, com belo ambiente do piano e dos pratos, com alguns tambores ao fundo, evolui para jazz-rock com solos de guitarra em crescendo, até entrar no tema da música com guitarra e sintetizador juntos. Arrasador! No tema principal tem algo árabe misturado, como o Área costumava explorar, mas aqui o som fica diluído pelo som muito elétrico e progressivo, com o hammond para temperar a mistura. Più Limpida E Chiara Di Ogni Impressione Vissuta, Part II é calma, acústica e bela, com excelente uso do violão e das cordas, cello e viola. A faixa é a segunda parte de uma primeira que está no CD anterior, mas que é totalmente elétrica. Em suma é um grande CD, o melhor da banda até o momento, e deve agradar muito quem gosta do jazz-rock que ultrapassa as barreiras clássicas do estilo.
1 - Nadir 2 - Dandelion 3 - Seth Zeugma Cello – Enrico Guerzoni Violin – Vladimiro Cantaluppi 4 - Dua 5 - Tiglath 6 - Più Limpida E Chiara Di Ogni Impressione Vissuta, Part II Cello – Marina Scaramagli Viola – Vladimiro Cantaluppi Marco Marzo Maracas – guitarras Daniele Piccinini – baixo Cristian Franchi – bateria Giovanni Parmeggiani – teclados faixa 3: cello – Enrico Guerzoni violino – Vladimiro Cantaluppi faixa 6 cello – Marina Scaramagli viola – Vladimiro Cantaluppi |