Originado de um grupo cover do Napalm Death, o Bark Psychosis gravou diversos EP's entre 1988 e 1994 (alguns dos quais viriam depois a constituir a coletânea intitulada Independency e cuja sonoridade não tem nada a ver com o metal pesado da já referida banda), antes de gravar seu primeiro álbum completo, Hex, em 1994.
Hex é um disco meio complicado de rotular, uma espécie de rock-ambient-experimental que, na época em que foi lançado (1994), não se encaixava muito bem em nenhum gênero específico. Foi então que, para tentar categorizar aquele som meio inusitado do Bark Psychosis, o crítico musical Simon Reynolds (The Wire, Melody Maker) cunhou o termo "Post-Rock", utilizado a partir de então para rotular não apenas o Bark Psychosis como também outras bandas que surgiriam mais ou menos naquela linha, a exemplo do Flaming Lips, Sigur Rós e Godspeed You Black Emperor.
Este disco, com sua música meio hipnótica, viajante e bastante experimental ao mesmo tempo, tem muito potencial para agradar aos fãs de bandas como PORCUPINE TREE (fase mais viajandona, de discos como The Sky Moves Sideways e Staircase Infinities), THE CHURCH (notadamente do disco After Everything Now This) e RADIOHEAD, bem como das experimentações eletrônicas de nomes como ROBERT FRIPP e BRIAN ENO, apenas para exemplificar.
Eu, particularmente, gostei demais deste disco, com especial destaque para as faixas A Street Scene, Absent Friend, Big Shot e Pendulum Man.
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