Eloy |
Alemanha |
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Revisto por: Demetrio | Nota:7.5 |
Antes de mergulhar definitivamente no som progressivo sinfônico- espacial que bem caracterizaria a fase seguinte de sua carreira, o grupo alemão Eloy (nome inspirado no livro "A Máquina do Tempo", de H.G.Wells) gravou três discos bastante focados no hard rock, a saber: Eloy (1971), Inside (1973) e Floating (1974). Este primeiro Eloy é um disco atípico, mesmo comparado com os dois trabalhos acima referidos. Enquanto Inside e Floating já começavam efetivamente a moldar o som progressivo do grupo (mesmo que ainda bastante focados no hard), este primeiro trabalho não tem praticamente nada de progressivo, mas apenas algumas esparsas reminiscências do estilo. Aqui o que predomina mesmo é um hardão tipicamente setentista com domínio quase que absoluto da guitarra e quase nenhuma presença dos teclados que tão bem caracterizariam os discos seguintes. A faixa de abertura, por exemplo, não tem uma reminiscência progressiva sequer, apenas um hard rock bastante enérgico com total predomínio de guitarra. Já a faixa 2, "Something Yellow", esta sim contém alguma coisa de prog, lembrando bastante o primeiro trabalho do Nektar, Journey to the Centre of the Eye, com riffs de guitarra, baixo e teclados muito parecidos, além de interessantes variações de andamento. "Eloy" (faixa 3) começa bem heavy, evoluindo depois para uma boa passagem de percussão e bateria para logo em seguida recuperar seu andamento heavy rock inicial. "Song of a Paranoid Soldier" (faixa 4) e "Voice of Revolution" (faixa 5) também são puro hard rock, ambas igualmente dominadas por guitarras. "Isle of Sun" (faixa 6) é a única do disco a conter uma consistente presença de teclados, abrindo com ótimos riffs de órgão e assim prosseguindo até o seu término, com interessantes elementos progressivos e algumas reminiscências de Nektar também. O disco fecha com outro petardo hard rock, "Dillus Roady", construído sobre riffs agressivos de guitarras. Mesmo não sendo exatamente o que podemos chamar de disco essencial, eu acho que este primeiro Eloy tem seus bons momentos, representados pelo menos por duas excelentes faixas: "Something Yellow" e "Isle of Sun". Duas músicas realmente muito boas que, no meu entender, justificam a aquisição deste disco, pelo menos por aqueles que se interessam em conhecer melhor a evolução deste excelente grupo desde os seus primórdios até os mais recentes trabalhos (que é o meu caso). |