Klaus Schulze |
Alemanha |
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Revisto por: Amyr Cantusio Jr | Nota:10.0 |
Aqui é o ponto onde os osciladores de ondas (VCF. VCO. LFO. etc...) se encontram com o cérebro humano.
Homem e máquina se fundem metafisicamente e se complementam formando a Harmonia das Esferas (vide livro sobre a música pitagórica do alemão Peter Michael Hamel) Aliás Schulze, co-fundador do Tangerine Dream , passou por um grupo vanguardista alemão (60-70) denominado Ash Ra Tempel, onde executava bateria. Foi muito oportuna sua evolução para os sintetizadores eletrônicos, onde se tornou, na minha opinião, o mais eminente músico do século XX no estilo. Seu equipamento é assombroso. Basta olhar as fotos e filmes de época para se cair o queixo. Somente equiparado ao monstruoso arsenal do não menos famoso francês, Jean-Michel Jarre. Schulze sempre foi monumental na sua performance não só como músico, mas como pesquisador e elaborador de timbres maravilhosos nos teclados analógicos, que são difíceis de se manipular e exigem um conhecimento específico de programação na área. Cyborg é um exemplo da prolífera carreira deste marco da eletrônica, que representa um dos mais elevados graus atingidos por ele, até o momento. O interessante é que Schulze nunca se vendeu ao sistema.Sua imensa obra é homogênea, equilibrada, direta, e objetiva. Cyborg na sua edição remasterizada contém 5 faixas, sendo 4 peças de (pasmem!!) 24 minutos cada e uma bônus (aqui Schulze se supera) de 50 minutos...de pura e maravilhosa viagem atmosférica espacial ! Nomes como Synphara, Conphara, Chromengel, Neuronengesang e entre outros mostram bem o Universo mental de Schulze. Corais sintetizados, sequencers e osciladores de onda permeiam a sonoridade, ora com climas góticos , ora sombrios e atemporais. Minimalismo e concretismo eletrônico se fundem com pitadas de erudito e progressivo muito bem balançados.Se não conhece este músico, não sabe o que está perdendo.Referencial mundial para tecladistas e curtidores de música eletrônica e vanguarda. |