Rush |
Canada |
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Revisto por: Tiago Paes de Lira | Nota:6.5 |
Um lançamento de uma banda de calibre como o Rush sempre chama a atenção. Eles já vieram, viram e venceram com
vários trabalhos de destaque desde o começo dos anos 1970. É normal que uma banda depois desse tempo erre a receita e não consiga pôr nas lojas um disco que se compare com seus clássicos. Vapor Trails, de 2002, teve esse mal. Não é um disco ruim, apenas mediano, com algum esforço. A banda voltou depois de 5 anos para um novo disco. Depois de várias ouvidas, Snakes and Arrows se mostrou muito melhor que Vapor Trails; mas não é um disco nota 10. O disco abre com a ótima Far Cry. Começar com um single poderoso, e possivelmente a melhor do álbum, tem sido marca registrada do Rush já algum tempo. Foi assim com 2112 (2112), Tom Sawyer (Moving Pictures) e Distant Early Warning (Grace Under Preassure), pra citar alguns. Far Cry se estende por agradáveis 5 minutos, medindo peso e técnica. Poucos teclados dão um clima mais setentista à música. Infelizmente, na opinião desste que escreve, a coisa desanda pelas próximas pelas 4 músicas: Armor and Sword, Workin’ Them Angels, The Larger Bowl e Spindrift não me dizem nada e nem me atraem em nada; nem melodia, nem letras. Ouça pelas primeiras vezes e pode pular se quiser nas próximas. A muitíssima interessante The Main Monkey Busniness é instrumental e tem algo de La Villa Strangiato. É de impressionar o trabalho da percussão do grande Neil Peart junto com as corridas das guitarras (ela relamente de dá a impressão de ter acelerações, como pisando num pedal num carro). Seis minutos de pura viagem. Ligue o som no máximo. The Way the Wind Blows começa com uma guitarra um tanto jazz. Grande pra entrar num clima. Muda mais pra frente pra ter mais peso. Uma música pra se tornar clássica e acho que ficaria ótima ao vivo em uma versão semi-acústica. A curtinha Hope (de 2 minutos) fica na dela. É um tanto sem sal, apesar do violão acústico ser belamente tocado. Faithless chega sem respirar. A faixa anterior parece ser até uma introdução desta. Preste atenção no trabalho de baixo do Geedy Lee no primeiro minuto de música. A letra basicamente fala da crença em pura e simplesmente no amor, o que é suficiente para Lee. Bravest Face impressiona também pelo trabalho de letras. A banda acertou mais uma vez nessa. Good News First também chega com o peso que o hard rock deve ter. Malignant Narcissism é a terceira instrumental do disco. Mais uma vez a banda mostra o domínio completo de cada um de seus instrumentos. Não é nada mecânico, chato ou repetitivo. É feeling saindo da veia. É uma pena ser tão curta. We Hold On fecha o álbum. E é tão boa que parece passar rápido demais. É uma faixa suave, e muito bonita melodicamente falando. Como disse no começo é difícil que se chegue com mais de 30 anos de carreira com um álbum perfeito. Mas Snakes and Arrows cumpre seu papel e se tornou melhor que seu antecessor. Talvez isso indique um fim para a banda. Temos que esperar, mas parece que o fôlego está terminando. |