Beat Circus |
Estados Unidos |
http://beatcircus.net/ |
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Revisto por: Cesar Lanzarini | Nota:8.5 |
Tendo como conceito um poema de Edgar Alan Poe (Dreamland, se não me engano no Brasil chama-se No Mundo dos Sonhos), o quarteto francês lança seu primeiro trabalho pela Musea. Assim como o poema, o trabalho é denso, com passagens etéreas repletas de experiências sonoras baseadas em teclado, violino e baixo. Tudo conspira para o surgimento de andamentos tipicamente progressivos que lembram muito os momentos mais sombrios das bandas progs suecas dos anos 1990. Reforçada pela participação de 4 músicos convidados que tocam violino. violoncelo e viola, o grupo mostra boas referências com relação ao andamento e composição (Pink Floyd uma delas). A guitarra ficam um pouco em segundo plano em alguns momentos, mas em muita evidência na suíte de 20 minutos (me lembrou bastante o LP Animals e também a fase mais espacial do Pink Floyd). O CD é dividido em sete partes que acompanham o já referido poema. Denso, melancólico, repleto de emoção e algumas vezes mais enérgico... Certamente este CD vai agradar ao fã mais exigente. Boa ilustração no encarte! |
Revisto por: Renato Moraes | Nota:9.0 |
Beat Circus é banda de difícil categorização, pois mistura em sua música formas modernas de composição com algo da música americana antiga, entre folk, blues e country, isso tudo ocorre sobre fundos atonais, distorcidos e em clima música de circo de horror dodecafônico. Existe relação direta com a banda Alec Redfern & the Eyesores, pois além do próprio Alec, ainda temos a participação de Matt Mclaren na bateria. São nove músicos que formam mini-orquestra de instrumentação bem diversa, incluindo pipe órgão, trumpete, gaita, violino, viola, cello, acordeon, harpa bocal, tuba, trombone, banjo tenor, mandolim, guitarra com slide, saxofones alto e barítono, tábua de lavar roupa, percussão e bateria. O que Beat Circus e The Eysores tentam fazer é resgatar um pouco da cultura americana pré blues e rock. Os elementos de country que têm na música deles são bem crus e notados pelo uso de banjo, gaita, e harpa de boca, isso misturado com trombone e tuba que fazem as vezes do baixo. Algumas faixas o órgão é usado de forma bem sinsitra, que me lembra a trilha sonora de séries de TV como Os Monstros e Família Adams. As letras de Dreamland são narrativas surreais e macabras baseadas no sobrenatural e no circo de horror de mesmo nome que se acabou em um incêndio em 1911. Referências a the Eysores, The Residents, Sleepytime Gorilla Museum, Thierry Zaboitzeff, Zappa, Mr. Bungle e música dodecafônica não são diretas, mas são perceptíveis. Atenção, Dreamland, o circo do horror, chegou à cidade, vejo você lá.
1 Gyp the Blood 2 Ghost Of Emma Jean, The 3 Hypnogogia 4 Delirium Tremens 5 Lucid State 6 Death Fugue 7 Good Witch, The 8 Dark Eyes 9 Slavochka 10 Gem Saloon, The 11 El Torero 12 Rough Riders, The 13 Coney Island Creepshow 14 Hell Gate 15 Meet Me Tonight In Dreamland 16 March Of the Freaks Brian Carpenter - vocais, gaita, trompete, piano de brinquedo, orgão Briggan Krauss - vocais, sax baritono Brandon Seabrook - banjo tenor, mandolin, trompete Alec K. Redfearn - harpa, acordeon Kathe Hostetter - violino, viola Julia Kent - cello Curtis Hasselbring - trombone Ron Caswell - tuba Matt McLaren - bateria, tábua de lavar roupa, percussão |